sexta-feira, 17 de outubro de 2008

A máscara da loucura, em minha face, recitada
adornada por pedras preciosas
e poderes ocultos, no olho, cintilam como uma jóia
de poder atroz
na faca das súplicas, lacunas, no gume da vida
e em meu dorso, escorado, o peso da dúvida
quando idéias, únicas, se apresentam
melhor representar!

No teatro dos dias, acordado, pra arrear o meu jardim
me escapar das armadilhas
lúbricas, definhadas, por mim
no encontro das tempestades e raios
transpassados pela vértebra
até o cérebro
então percebo que o caminho esburacado
pode ser seguido, mas será, enfim
uma construção dolorosa
de percepções honrosas
e assim dizendo
entendo
primeiro as rédeas, pra então seguir os passos
por fora dessa ordem, de percalços, que nos vamos sem viver!

A face da minha loucura, pelos dias, desenhada
como se nada fizesse sentido
parei pra ver, parei para pensar
por cada momento pelo qual sangrei
parei pra ser, por definitivo
não irei mudar meu rumo
agora é tarde, foi-se o tempo de lamentos
é tarde pra voltar
no horizonte, ganharei meu tentos
e o que me espera é a grandeza de um olhar
vermelho e hipnotizante!

- Chiconaldo -

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