quinta-feira, 11 de setembro de 2008

A Barca do Sol

Navegando as águas turvas do Tietê ou a crista da onda em eterna expansão do oceano cibernético, os tripulantes da Barca do Sol avistam as infinitas potencialidades da realidade e regojizam-se. Por três dias e três noites festejam, cantando odes à sua humanidade, sua mortalidade e a tudo o que existe. Finalmente, numa grande cerimônia de encerramento, os mortos são lançados ao mar e os vivos sentem-se prontos. Piratas, filósofos, artistas, terroristas e vagabundos, todos pegam suas armas e aguardam o desembarque. A pilhagem vai começar.

A Barca do Sol foi uma banda setentista, com composições e arranjos bem elaborados e letras profundas, um som que pode ser classificado como folk rock muito brasileiro. Hoje, três décadas depois, a Barca do Sol desperta de seu sono para cantar o que já cantava outrora: os edifícios têm que cair.

Nenhum lugar é imundo ou limpinho o bastante para que não possa ser explorado. Nenhum assunto é impertinente. A Barca do Sol é um pretensioso projeto de jornalismo investigativo e debate filosófico, com seus canhões carregados e apontados para os pilares da cultura. Nada nem ninguém será poupado.

Dois temas irão inevitavelmente permear as reflexões da Barca: a Liberdade e a Percepção. Como a maioria não está familiarizada com esses conceitos, irei apresentá-los como ditam os bons costumes. Espero que com o tempo e a convivência vocês possam tornar-se íntimos.

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