segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Aprender a morrer é aprender a viver

Estou desorientado. Sentimento de mundo refazendo-se em forma de segunda-feira. O fim de semana me lembrou de que, como diz Flaviola, as coisas nunca são tão reais quanto parecem ser. Mas parecem, até demais, e hoje acordei com o peso da realidade me esmagando. Quem são essas pessoas que vejo da minha janela, correndo atrás do tempo perdido? Que delírios preenchem sua imaginação enquanto vagam pela cidade? O que as motiva? A quem amam, e como amam?

Acima de tudo, me pergunto: O que lhes é real?

Somos poeira cósmica. Brilhamos como fagulhas de vida por nada mais que um breve instante, e logo apagamos. E esse instante é tudo o que temos. É a vida inteira. Somos o presente, e o futuro não nos reserva nada além da morte.

Morte é morte do ego; a existência continua. Não sei nada sobre reencarnação ou evolução espiritual. Vejo a morte como abandono de todas as ilusões de "eu" e retorno à eternidade. Mas não sabemos morrer. Esse é nosso maior erro, nosso grande fracasso. Confundimos o "eu" com existência e morte com vazio...

3 comentários:

Stephane Loureiro disse...

Estou retribuindo a visita e pergunto:

Tem o quê pra beber aqui?
Ou vc não oferece nada para aplacar a sede de uma garganta cansada de gritar em vão?

Bom, Satã, obrigada pelo comentário.

Anônimo disse...

Isso me tocou, Honey (rá! agora eu sei que é vc)...Eu realmente ando confundindo muito "eu" com existência e morte com vazio. E sim, tenho uma longa caminhada até aprender a morrer =/

Anônimo disse...

"...eis q acabamos sendo um só. Tudo pulsa ritmicamente. Invisíveis artérias inrrorronam a minha e a sua seiva vital.
Tudo é um, e um é tudo.
Cada um guarda a sua própria identidade, apesar de um todo indívisível.
E, se eu sou parte de ti e vc é parte de mim, nós somos somente um.
Querendo somente amor."

É o que eu diria há 2 anos atrás.
Mas as coisas mudam rapidamente.