segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Minha

Segurei com força teus cabelos negros
Senti o corpo arrepiar ao tocar a teu, em chamas
Queimaste minha pele
Eu fui apenas Desejo
Desejo e Sanha.
Inflamado, entrei em você.
Busquei o calor dum beijo, dum enredo, um samba
O teu vai e vem era melodia.
O corpo queimava e excitava.
Ardia.
Fechei os olhos.
Eu não pude despertar
Verti sofregamente,
Em teu ventre,
Cada gota de prazer e dor que o meu corpo soube te infligir.
Enquanto você louca, me pedia:
- Mais fundo!
Abri mão de meus pudores, limites.
Minhas manhas.
Percorri tuas montanhas
Devassei tuas entranhas.
E te ouvi gritar meu nome.
Nossos corpos entrelaçados enfim puderam se entender
E então, você pôde finalmente ser
Marcada, calada, devastada
Minha.

Chico Buarque/Stephane L
(este é um poema meramente fictício, qualquer semelhança com fatos reais será merá coincidência)

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