Destruição precede criação
Morte precede nascimento
Morte! Morte! Morte ao ego? Que há de se almejar com a morte do ego?
Que há de tão horrível nesta terra, que nossas aspirações mais altas precisem apontar a platônicos além-mundos?
Se bem que alguns são motivados pela mais pura vaidade. Que paradoxo, que engraçado labirinto! Matar o ego por vaidade!
Que é espiritualidade? Que é, senão uma alegoria poética? Não seria mais sensato falarmos em expansão, evolução da consciência?
Que é ego? Como chegar a ele, observá-lo? Não seria uma melhor descrição falarmos em auto-importância?
O "eu" e o isolamento já foram demasiadamente celebrados. E onde se celebra o "eu", se rebaixa o "outro", o "não-eu". Mas todos os contrários são também unidade. Tudo que se opõe há de gerar... uma síntese!
Portanto eu proponho a vocês, meus amigos... e só a vocês, meus verdadeiros amigos, poderia eu propor: que o dispersar da auto-importância, a destruição do "eu", e assim, do "não-eu", sintetise o "nós".
Uma célula pode ser, por si só, um organismo. Mas somos nós mesmos um aglomerado de células constituindo um organismo funcional e, oh meu Deus, consciente! A célula, por sua vez, é algo mais vivo e consciente que as moléculas que se aglomeraram para formá-la. É óbvio que, enquanto espécie, não podemos continuar a existir apenas por nós mesmos, sem o resto do planeta... da mesma forma que o cérebro não pode viver por si só, sem o resto do corpo. Com essas simples observações, não podemos concluir, ou no mínimo especular, que todos nós, organismos pluricelulares, somos juntos algo ainda maior, mais vivo e mais consciente? Que tudo o que julgavamos ser "não-eu", tudo o que (em nossa ego-ísta impressão) parece existir fora de nós seja, na verdade, extensão de um mesmo ser, nosso ser?
Enfim, para sintetizar em uma sentença: Não seria integração a essência da evolução da vida?
sábado, 20 de dezembro de 2008
Considerações orgânicas sobre a tal espiritualidade e a consciência
na companhia de
analfabetos espirituais,
Darwin,
Deus,
filantropos vaidosos,
filósofos bêbados,
gurus da nova era,
nietzsche,
xamãs da terra
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Um comentário:
Lindo, zero-meia!
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